Este é um tema um pouco antigo, porém ainda me intriga muito. Você já
parou pra pensar que praticamente tudo que nós compramos é “Made in China”?
Sapatos, bolsas, celular, roupas, games, enfim, a lista é muito extensa e
ninguém dá a menor importância pra isso. Agora você deve estar se perguntando
“E porque eu deveria me importar?” A resposta é mais simples do que parece.
Aquilo que é fabricado aqui Brasil, comparado ao que é produzido na China chega a ser vergonhoso, vamos pegar como exemplo a indústria de calçados, por ano, o Brasil fabrica 900 milhões de pares, bastante não é mesmo? São aproximadamente 4 pares por habitante. Já a China, por sua vez, fabrica 13 bilhões, aproximadamente 13 pares por habitante. Lembrando que a China tem 1,3 bilhões de habitantes e o Brasil está próximo dos 200 milhões, a diferença é grande.
Não é só na produção que os chineses ganham do Brasil e de todo o
resto do mundo, os preços das mercadorias chinesas é muito baixo, porém, atrás
de toda essa prática de preços baixos está a grande armadilha. Não se trata de
uma estratégia comercial, mas sim de uma estratégia de monopolização para
dominar o ocidente.
As empresas lucram rios de dinheiro comprando dos chineses a um custo
muito baixo e vendem com uma margem de lucro exorbitante. Os Chineses se aproveitam
dessa atitude “marqueteira” praticada no ocidente, onde é preferível
terceirizar a produção e ficar apenas com o valor agregado que ela tem, ou
seja, a marca. No mundo está cada vez mais difícil encontrar, nas grandes redes
comerciais, algo que não seja “Made in China”.
Diante deste cenário, é possível enxergar algumas possibilidades, as
quais eu acredito não estarem muito distantes da realidade. Enquanto as
empresas ocidentais utilizam a tática de terceirização da produção para ganhar
no curto prazo, a China foca nas melhorias de produtividade e altas performances
para dominar o mercado no longo prazo. O que os chineses querem é exatamente
isso, que as empresas fiquem apenas com a marca, o design e suas grifes, e
deixem a produção na mão deles, pois assim eles poderão ir assistindo, estimulando
e contribuindo para a destruição das já poucas indústrias que existem no
ocidente.
Em breve, num futuro não muito distante, eu posso imaginar, por
exemplo, que não haverá mais fábricas de calçados no ocidente. Só terá na China,
por conseqüência da estratégia “marqueteira” praticada no ocidente, será um
tiro no pé das grandes empresas ocidentais. E a partir deste cenário, veremos
os chineses aumentando os seus preços, causando um “choque da manufatura” como
já aconteceu antes, na crise mundial dos anos 70, por causa do choque
petrolífero. Só que neste ponto já será tarde, o mundo irá perceber que
reerguer as fábricas e começar do zero, terá um custo inviável. Restará apenas
uma alternativa, render-se ao império chinês, que aumentará os preços gradativamente,
já que serão eles que ditarão as regras do mercado, pois terão o monopólio.
Pensem, reflitam e comecem a comprar produtos de fabricação nacional,
sempre que possível.
Inté!
Inté!
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